A primeira fase do open banking foi lançada em fevereiro e a segunda está prevista para julho. Qual o próximo passo para os bancos?

Desafios do open banking para a segunda fase, onde o usuário passa a ser o dono do dado – como se preparar para participar desse ecossistema com segurança

O open banking chegou para promover uma revolução entre as instituições financeiras. O novo sistema deve aumentar a oferta de produtos e serviços financeiros e permitir uma maior competição entre bancos e instituições financeiras que também poderão atuar na oferta de crédito para os clientes. Além disso, com maior transparência de dados, os clientes terão mais autonomia sobre sua vida financeira. 

 

Aqui no Brasil, a implantação do novo sistema foi dividida em quatro fases. A primeira teve início no dia 1° de fevereiro e a última está prevista para o dia 15 de dezembro de 2021. Nesta primeira fase, o Banco Central (BC) permitiu o compartilhamento de informações entre instituições financeiras, como por exemplo, tipo de conta, serviços, taxas, tarifas, rendimentos, entre outras. O objetivo era que um banco tivesse conhecimento do que o seu concorrente faz e, com isso, aumentasse a concorrência e as oportunidades de negócios tanto para a pessoa física quanto para a jurídica. Apenas 13 grandes instituições financeiras foram obrigadas a se adaptar à regulação na primeira fase, pelo menos 270 instituições e arranjos financeiros se inscreveram no Banco Central para poder usufruir de dados compartilhados. 

 

A grande transformação do open banking acontecerá na segunda fase, prevista para 15 de julho. É nesta data que o usuário passará a ser, finalmente, o dono do seu dado. Isso significa que os dados dos clientes também poderão ser compartilhados, mediante autorização dos mesmos, que definirá para qual instituição e o tipo de informação que quer compartilhar. Com isso, bancos e instituições financeiras conseguirão distribuir produtos e serviços mais adequados ao perfil de cada um. E os clientes terão mais poder de negociação junto às instituições participantes do sistema aberto. É uma relação de troca para ambos os lados. 

Todas as instituições inscritas precisarão estar prontas no dia 15 de julho para poder compartilhar dados umas com as outras, com o consentimento do dono do dado e com segurança. Qualquer compartilhamento que não tenha sido feito com o consentimento do dono do pode acarretar problemas para os bancos e as instituições. Isto vale para o emissor do dado e para o receptor do dado.

LGPD como grande aliada à segurança

 

É essencial que o compartilhamento de informação seja seguro, simples e que os processos sejam transparentes e estejam alinhados à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Neste sentido, o open banking está totalmente integrado à lei. Ou seja, o dado somente sairá do banco no qual se tem a conta por meio de consentimento específico do seu dono. No caso do open banking, enquanto a LGPD dá ao titular o poder sobre seus dados pessoais, a regulação de open banking avalia o exercício desses direitos no âmbito das instituições financeiras, oferecendo serviços de governança, padrões de conexão e organização de dados, por exemplo.

 

O desafio das instituições financeiras

 

Todas as instituições inscritas no Banco Central para participar do open banking precisarão estar adequadas até o dia 15 de julho. E o que isso significa na prática? Existem alguns requisitos básicos para estar pronto para open banking. 

 

Preparar-se para expor as informações, ou seja, deixar os dados padronizados para que as demais instituições possam capturá-los. Para isso, é necessário integrar os dados por meio do portal do desenvolvedor (portal voltado para os desenvolvedores do cliente, contendo documentos, arquivos e especificações/regras para uso das APIs) bem como as APIs gateway (ferramenta de gerenciamento de API que fica entre o cliente e uma coleção de serviços de back-end). 

 

Ter uma solução de consentimento e autenticação com o usuário, o que envolve tecnologia em conjunto com a área jurídica totalmente alinhada à regulação da LGPD e do open banking.

 

Iniciar as integrações com as entidades com quem a empresa deseja interagir. Trata-se do momento de solicitar os dados das outras instituições, com o consentimento do titular. Para isso, são necessárias  APIs para as integrações com cada entidade participante.  

 

Ter um sistema de governança que gerencie toda essa troca de transações entre as entidades participantes, sobretudo porque a regulação sofre alterações ao longo do tempo. Por essa razão, é imprescindível o acompanhamento constante de atualizações ou novas diretrizes que o Banco Central venha a publicar. Além disso, é necessário adaptar-se às mudanças tecnológicas que as próprias instituições estão passíveis de fazer. 

 

Open banking da Teros: uma solução de governança que preza pela segurança

 

Podemos dizer que o open banking fornece a infraestrutura necessária para que cidadãos possam ter o direito de administrar seus dados pessoais no mercado de serviços financeiros. Por esse motivo, a Teros investiu em uma solução de consentimento e em uma biblioteca de termos que se adequam a cada solicitação de consentimento de uso de dados. 

“A Teros desenvolveu uma solução para a governança do compartilhamento de dados entre empresas, contemplando os requisitos tanto da LGPD quanto do open banking. A gestão de dados acontece no nível da API e o sistema conta com uma série de requisitos de segurança e parâmetros, incluindo o motor de consentimentos do usuário”, explica a CEO de open banking da Teros, Ellen Muneratti, ressaltando que o mercado está cada vez mais inovador e disruptivo.

Quando o open banking foi lançado, as questões de segurança de dados e prevenção de ataques às próprias instituições foram algumas das preocupações verificadas. “Se uma API for bem desenhada, desenvolvida e estruturada, e houver controles rígidos do ciclo completo de administração da mesma , essas questões de segurança desaparecerão. É isso que a nossa solução faz, ela previne sua empresa de ataques cibernéticos”, ressalta Ellen.

 

Afinal, o que muda de open banking para open finance?

 

O open finance é uma revolução que vai ampliar a abertura de informações do sistema financeiro para empresas – financeiras ou não – por meio do compartilhamento de dados de produtos financeiro, expandido o conceito de sistema aberto para players de outros segmentos, como os varejistas que têm operações de pagamentos e têm demonstrado grande interesse neste segmento.

O open finance está sendo considerado a inovação do open banking, por se tratar de um sistema aberto. “Para que o open finance faça sentido é necessário haver uma enorme preocupação com proteção, manutenção, privacidade e controle de dados dos cidadãos e das empresas. Isso significa que o trânsito de informações vai ter o respaldo legal, o que trará mais segurança jurídica aos diversos players e também aos consumidores que se sentirão mais seguros ao autorizar o compartilhamento dos seus dados”, afirma a CEO.

As APIs em bancos são o caminho para a geração de novas ideias, abrindo também um enorme leque de possibilidades, integrando os aplicativos certos de acordo com o perfil de cada público, resultando, assim, numa jornada de inovação. Mediante o uso de APIs, é possível integrar de forma ágil, segura e escalável sistemas legados, aplicativos móveis, serviços na nuvem e ecossistemas associados. Ao combinar essas tecnologias, o potencial para nova geração de negócios é enorme. Assim como as fintechs, neste novo modelo os bancos podem usar infraestruturas existentes para melhorar continuamente e tornarem-se competitivas, proporcionando aos consumidores a melhor experiência de interação.

 

“O open banking será a primeira etapa para cumprir a nova regulação. O ideal é participar do Open Finance. Estratégias bem desenhadas abrirão as portas para novos serviços financeiros e muita inovação, é uma jornada infinita de opções. O Open Finance será um mercado mais aberto e integrado ao setor financeiro. Irão surgir novas oportunidades de negócios em diferentes setores, principalmente naqueles onde o fluxo de dinheiro é mais significativo. Esse movimento já é percebido no setor varejista. Temos que estar preparados para aproveitar as oportunidades e fazer a diferença, é isso que a solução Teros oferece para a sua empresa, uma plataforma segura e adequada a nova LGPD”, explica Ellen.

Governança de dados é o diferencial: como a Teros vai além da LGPD

 

O rastreamento de dados é uma realidade atual e o futuro das empresas. Não dá mais para imaginar uma empresa fazendo sua estratégia sem usar os dados comportamentais e de consumo dos seus clientes. 

 

Além dos benefícios já citados, como produtos e serviços mais adequados à realidade de cada cliente, o open banking também permite um maior alcance à população por meio de canais de experiência de uso diferenciados. Mas para que isso ocorra dentro de um ambiente seguro é necessário investir em soluções complexas. Neste sentido, a governança é a palavra de ordem, pois envolve a adequação à legislação e ao marco regulatório, construído para proteger empresas contra os riscos de perdas e fraudes e dá garantias ao cliente com relação aos canais de open banking. 

 

A governança permite que as empresas tenham um olhar estratégico de suas áreas de negócio e comercial e, com isso, possam obter ou fornecer dados padronizados. Para isso, é necessário um acompanhamento contínuo do fluxo de dados, produtos e serviços oferecidos para que se possa fazer avaliações de riscos estratégicos, como a perda de clientes, e aproveitar as oportunidades, que muitas vezes exigem correções de rotas e novos direcionamentos.

A integração de parceiros, que no contexto do open finance representa as maiores possibilidades de geração de valor com o sistema financeiro aberto, implica que o controle e acompanhamento da operação de open banking seja ainda mais relevante, uma vez que multiplica exponencialmente os cenários de riscos.

A Teros oferece um sistema de governança global do open banking que permite superar sua complexidade otimizando custos, controlando riscos e orientando a operação para negócios que permitam rentabilizá-la.

 

Teros destaca quatro pilares fundamentais para o início da jornada no open banking:

 

  1. Exposição de APIs: a definição de qual API expor primeiro dentro da estratégia de open banking passa pela geração de valor. O uso e a interpretação dos dados, junto com um ecossistema forte, ajuda a gerar insights para o negócio, contribuindo para uma nova fonte de receita. 

 

  1. Parcerias estratégicas: as parcerias são essenciais na busca por novos modelos de negócios. Numa estratégia de open banking, compartilhar dados com aliados estratégicos e fornecer produtos e serviços com um alto nível de personalização são elementos-chave neste processo.

 

  1. Segurança: caso algum dado seja exposto por meio de APIs é essencial que as instituições envolvidas cumpram todas as normas de segurança e acesso, neste sentido, a tecnologia de criptografia de dados torna-se muito importante, além de ser elemento-chave no design de APIs.

 

  1. Governança e compliance: é essencial que haja transparência, que o cliente seja informado sobre como seus dados estão sendo utilizados, como podem controlá-los, como são armazenados ou como a empresa é auditada. Para isso, a disponibilidade de registros de transações é essencial. 

 

Com o open banking logo os clientes começarão a enxergar que o compartilhamento de dados tem muito mais benefícios do que custos. O open banking abre o caminho para uma posição privilegiada na nova economia do setor financeiro e quem estiver preparado para sair na frente vai se destacar e usufruir das vantagens desse novo modelo de negócio. 

 

Por isso, a Teros desenvolveu uma solução completa de open banking, cujo objetivo é dar suporte ao controle desses riscos – jurídicos, regulatórios, compliance de dados, estratégicos – e integrar as diferentes áreas da empresa, garantindo que a operação de Open Finance esteja orientada a negócios. 

 

Conheça a solução visitando o site: teros.com.br/br/open-banking

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