O open banking estabelece que os dados poderão ser compartilhados, com autorização do usuário, que definirá para qual instituição e qual informação quer compartilhar

Adequar-se à regulação do open banking é essencial para se preparar para o open finance, um caminho para uma posição privilegiada na nova economia do setor financeiro

O open banking chegou para revolucionar as relações entre instituições financeiras e os clientes. Se antes você tinha dúvida sobre as instituições poderem “negociar” seus dados, isso acabou. O conceito do open banking estabelece que os dados poderão ser compartilhados, mediante autorização do usuário, que definirá para qual instituição e qual tipo de informação quer compartilhar.

 

Além disso, com o novo sistema as entidades financeiras conseguem oferecer produtos e serviços mais adequados ao perfil de cada cliente. Para os indivíduos, a grande vantagem é a transparência que o sistema traz, já que será possível comparar os produtos e serviços oferecidos por cada instituição. “Esse novo modelo de negócio vai gerar uma disputa saudável entre as instituições financeiras que levará, certamente, a taxas e preços mais justos para o consumidor final, que sairá ganhando”, avalia Ellen Muneratti, CEO de open banking da Teros. 

 

O Banco Central definiu que o open banking será implantado em quatro fases. A primeira começou em 1º de fevereiro, a segunda está prevista para 15 de julho, depois 30 de agosto e 15 de dezembro a fase final, com a entrada do open finance.

 

Em cada fase, serão compartilhados diferentes tipos de dados e também será possível a entrada de novos players neste mercado, desde que estejam adequados à regulação. A regulação implica em padronização, tanto tecnológica quanto regulatória de todos os participantes, para garantir que o dado seja compartilhado de forma segura, protegendo o usuário de possíveis fraudes e vazamentos.

 

Arranjos financeiros e iniciadores de pagamento que quiserem utilizar dados de uma instituição financeira também terão que compartilhar seus próprios dados, pois a regulação prevê reciprocidade. Demais players precisarão fazer parcerias com arranjos financeiros regulados pela autoridade monetária, para participar do ecossistema de open banking.

 

Vale ressaltar que se adequar a regulação do open banking é só o primeiro passo para se preparar para o open finance, um caminho para uma posição privilegiada na nova economia do setor financeiro. O open finance será responsável pela criação de um mercado mais aberto e integrado no setor financeiro e esta tendência acompanhará novas oportunidades de negócios em diferentes indústrias, especialmente onde o fluxo de dinheiro é muito significativo.

“O compartilhamento de dados financeiros é o caminho para a geração de novas ideias e abre um oceano de possibilidades, assim como integrar tantos aplicativos quanto possível, ou melhor ainda, os aplicativos certos para o público certo. Esse movimento resultará em uma longa e próspera jornada de inovação”, conclui Muneratti.

Para se conectar ao open banking as instituições precisam expor seus dados no ecossistema do open banking e capturar o consentimento do usuário a cada transação. Para isso, é necessário uma solução tecnológica que obtenha a autorização, além de envolver as áreas jurídica, risco e compliance de sua empresa, para garantir que os termos de consentimento sejam adequados a cada chamada de dados.

 

Preparando-se para a segunda fase

 

Na primeira fase do processo o que se verificou, em linhas gerais, foram as instituições financeiras se adequando para o compartilhamento de informações entre elas e as orientações sobre como vai funcionar o open banking. A partir do dia 15 de julho, quando começa a segunda etapa, o usuário poderá conceder a uma instituição participante do open banking o acesso aos dados de sua conta, como por exemplo, cadastros de clientes, dados de transações dos como operações de crédito, inclusive com cartão de crédito. Sempre lembrando, isso só acontecerá mediante consentimento expresso, onde o usuário precisará ser autenticado pela sua instituição financeira custodiante e, após, ele permitirá o acesso aos seus dados financeiros.

Para o usuário, a grande alteração é que ele passa a ser dono do dado e poderá compartilhar suas informações com outros arranjos financeiros, como transações e histórico de crédito, para obter condições mais vantajosas e mais adequadas ao seu perfil e às suas necessidades.

No caso das instituições financeiras e empresas, tanto as instituições como os arranjos financeiros regulados pelo BC precisam se adaptar do ponto de vista regulatório, de compliance e tecnologia para tratar os dados transacionais compartilhados, ou seja, a informação que ele recebe e a que compartilha. Outra grande vantagem é que surgem oportunidades para a criação de novos produtos, marketplaces financeiros, serviços a crédito e identificação. As duas últimas fases ficaram para o segundo semestre do ano.

 

Solução on demand

 

A Teros oferece uma solução do tipo SaaS (Software as a Service), para empresas em geral, incluindo instituições financeiras reguladas, que queiram compartilhar dados de usuários (inclusive dados financeiros) e, para isso, demandam soluções que adequem seus negócios e viabilizem inovação, enquanto garantem a governança completa de consentimentos e a gestão de dados e de riscos.

 

A solução executa a governança do dado no nível da API, garantindo alternativas de anonimização, o correto armazenamento e tempo custódia em total consonância com o processo de consentimento pelo dono do dado e registrando todos os tratamentos de dados pessoais (log) efetuados na operação de dados do cliente. A Teros assegura aos seus clientes a adequada governança no compartilhamento de dados, não apenas aderente a regulação brasileira de open banking mas também a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

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