Quando aplicado aos produtos e serviços financeiros de forma ampla – empréstimos, seguros, investimentos, etc., o open banking constitui um sistema financeiro aberto conhecido como open finance

O open banking já pode ser considerado o formato consolidado para a evolução do setor bancário em todo o mundo. Quando aplicado aos produtos e serviços financeiros de forma ampla, o open banking constitui um sistema financeiro aberto conhecido como open finance

A aplicação para os dados bancários da Lei Geral de Proteção aos Dados (LGPD), em conjunto com as diretrizes regulatórias definidas pelos bancos centrais nos países, estabelece o open banking que, embora em diferentes estágios de desenvolvimento, já pode ser considerado o formato consolidado para a evolução do setor bancário em todo o mundo.

 

Quando aplicado aos produtos e serviços financeiros de forma ampla – empréstimos, seguros, investimentos, etc., o open banking constitui um sistema financeiro aberto conhecido como open finance. É também abordado como Open Payments no contexto específico de consentimento norteando transações de pagamentos através de diferentes arranjos.

“O open finance, porém, vai muito além do compartilhamento de dados dentro do sistema financeiro. O open banking, em conjunto com a LGPD, abre caminho para a constituição de um fluxo de informações entre instituições financeiras e não financeiras e uma ampliação da penetração de produtos e serviços financeiros no dia-a-dia das pessoas, com potencial de geração de valor ainda maior ao da revolução causada pela transformação digital.”

Alguns exemplos. Imagine a venda de seguros para ocasiões específicas totalmente personalizados aos interesses dos consumidores e que podem ser contratualizados em canais diversos, como um ponto de venda de varejo ou por uma jornada 100% digital. Ou a disponibilização de uma consultoria financeira em tempo real direcionando investimentos, ou a gestão do endividamento com a articulação da melhor oferta de crédito. Ou ainda, o controle simultâneo de múltiplas fontes de pagamentos e recebimentos de forma simples e com custos sistemáticos reduzidos. Tudo isto já existe e está sendo viabilizado com segurança de dados e processos, abrangendo diferentes situações ao redor do mundo.

 

A questão então é: como ampliar a abrangência para concretizar os potenciais mais amplos do sistema financeiro aberto?

 

A implantação do open banking ao redor do mundo, no geral, parte da obrigatoriedade para grandes bancos, que detém a maior parcela de clientes do sistema financeiro, com uma definição de um padrão mínimo de escopo: quais informações serão disponibilizadas e quem pode acessá-las. Naturalmente, este mínimo regulatório busca fincar as estacas do sistema financeiro aberto, mas não garante que ele alcance a abrangência necessária para geração de valor.

 

O caminho para que o open banking agregue valor ao mercado financeiro passa por sua estruturação como uma rede de parcerias, com o compartilhamento das informações financeiras estimulando a inovação e a distribuição de produtos e serviços financeiros. Isto envolve, por exemplo, um banco utilizar a inteligência artificial desenvolvida por empresas terceirizadas para a análise de histórico de dados, com o objetivo de traçar perfis e integrar canais de distribuição de produtos. Outro exemplo é a integração entre lojas de varejos, carteiras de pagamentos e empresas de crédito, proporcionando ao cliente uma gama de opções de pagamento e/ou financiamento para a aquisição de bens.

Cumprir o mínimo regulatório significa habilitar-se em termos tecnológicos, legais e regulatórios para a disponibilização e acesso aos dados, mas não implica em explorar o potencial do sistema financeiro aberto.

Além disso, adequação legal e regulatória, integração entre as diferentes áreas da empresa envolvidas e implementação tecnológica – ações inerentes à implantação de um projeto de open banking – envolvem um elevado custo. Esses custos se tornam viáveis apenas mediante a geração de oportunidades de negócios, que se multiplicam quando o sistema financeiro aberto formata-se em um ecossistema de parcerias.

 

Seja para os players consolidados, como grandes bancos, que devem buscar a ampliação do alcance por canais de distribuição alternativos, seja para novos players com inovação de produtos, serviços e experiência do usuário, explorar o potencial do open finance requer que as instituições participantes se integrem em um ambiente de parcerias e negócios. Essa integração cria um ecossistema de negócios que torna produtos e serviços mais adequados aos perfis e necessidades dos consumidores, proporcionando a redução de custos, a ampliação da abrangência dos produtos e serviços financeiros e a consequente geração de valor e crescimento do mercado. Esse é o único caminho para que o open banking prospere.

 

Guilherme Reis | Head de Open Finance

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