As fintechs vêm revolucionando o setor financeiro nos últimos anos, trazendo soluções inovadoras e mais acessíveis para consumidores e empresas.
Em 2023, espera-se que elas continuem a ganhar força, impulsionadas por diversas tendências, como a adoção crescente de tecnologias como inteligência artificial e blockchain, a busca por experiências financeiras mais personalizadas e a expansão de serviços financeiros para novos mercados e segmentos da população.
Além disso, o ambiente regulatório e competitivo das fintechs deve continuar a evoluir, trazendo desafios e oportunidades para as empresas do setor. Neste contexto, as fintechs devem buscar cada vez mais parcerias e integrações com outras empresas, bem como investir em tecnologias e modelos de negócio que possam garantir sua competitividade e relevância no mercado.
Open Finance e as Fintechs
Nos últimos anos, tem havido uma tendência crescente em relação à transferência de dados entre instituições, mas a população ainda demonstra algum receio devido à falta de conhecimento sobre os benefícios dessa prática. No entanto, espera-se que, com o tempo, a transferência de dados se torne mais amplamente aceita à medida que as preocupações em torno dela sejam desmistificadas.
Um sinal claro dessa evolução é o número crescente de “consentimentos” dados pelos usuários, que autorizam a transferência de seus dados de uma instituição para outra. Até o momento, cerca de 22 milhões desses consentimentos foram registrados, representando um aumento significativo em relação ao número de cerca de 3 milhões registrados há um ano.
A chegada da 4ª fase do Open Finance em 2023 promete beneficiar as fintechs de crédito, pois elas terão acesso aos perfis financeiros e históricos bancários dos clientes. Isso possibilitará que as startups criem um score de crédito mais preciso e personalizado para cada indivíduo, o que deve fortalecer ainda mais a atuação dessas empresas no mercado financeiro.
Fortalecimento da Regulação
As Fintechs continuarão a ser regulamentadas em todo o mundo, com a possibilidade de novas regulamentações mais rigorosas em alguns países. Isso pode limitar o crescimento de algumas Fintechs, mas também pode fornecer mais segurança aos clientes.
Com o rápido crescimento delas nos últimos anos, a regulação se tornou um tópico cada vez mais importante. As Fintechs geralmente oferecem serviços financeiros inovadores e disruptivos, o que pode levar a preocupações sobre proteção ao consumidor, segurança cibernética e estabilidade financeira.
Em muitos países, elas são regulamentadas de maneira semelhante aos bancos tradicionais, com requisitos específicos de licenciamento, capital mínimo e conformidade com as regras de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. No entanto, à medida que as Fintechs se expandem para novos mercados e oferecem serviços financeiros cada vez mais complexos, a regulação pode se tornar mais rigorosa.
Em alguns países, como a União Europeia, as Fintechs são regulamentadas pelo RGPD (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados), que estabelece regras para a coleta, processamento e armazenamento de dados pessoais. Em outros países, as Fintechs podem estar sujeitas a leis específicas, como a Lei de Proteção ao Consumidor dos Estados Unidos ou a Lei de Proteção de Dados do Brasil.
Embora a regulação possa limitar o crescimento de algumas Fintechs, ela também pode fornecer segurança aos clientes, reduzindo o risco de fraudes e falências. Além disso, a regulação pode ajudar a nivelar o campo de jogo entre as Fintechs e os bancos tradicionais, garantindo que as Fintechs estejam sujeitas às mesmas regras e requisitos.
No entanto, alguns especialistas alertam que uma regulação excessivamente rígida pode impedir a inovação e prejudicar a competitividade das Fintechs. Portanto, é importante encontrar um equilíbrio adequado entre a regulação e a inovação, permitindo que as Fintechs cresçam e ofereçam serviços financeiros acessíveis e eficientes, sem comprometer a segurança do consumidor.
PIX
O PIX continua sendo um dos principais meios de pagamento no Brasil em 2023, com mais de 200 milhões de chaves cadastradas e um volume de transações que ultrapassa os R$ 1 trilhão por mês. Algumas das novidades mais relevantes para este ano incluem a possibilidade de integração com o PIX Cobrança, que permite o pagamento de boletos pelo PIX, e a ampliação das funcionalidades do PIX Saque e do PIX Troco, que permitem a retirada de dinheiro em estabelecimentos comerciais.
Além disso, o PIX tem sido alvo de diversas iniciativas para aprimorar sua segurança e usabilidade. Uma das principais novidades neste sentido é a implementação do PIX Agendado, que permite o agendamento de pagamentos futuros pelo sistema. Outra novidade é a autenticação por reconhecimento facial, que está sendo testada em alguns casos de uso específicos e pode se tornar uma opção adicional para os usuários no futuro.
Também é importante destacar que o PIX está cada vez mais presente em diferentes setores da economia, com sua adoção se expandindo para além dos meios de pagamento tradicionais. Empresas de diversos segmentos têm explorado as possibilidades oferecidas pelo PIX para a criação de novos modelos de negócios e a otimização de processos internos, o que deve garantir a relevância do sistema de pagamentos instantâneos por muito tempo ainda.
Bancos Tradicionais e Fintechs
As Fintechs continuam a expandir seus serviços, e colaborar com bancos tradicionais pode ser uma maneira de alcançar um público maior e diverso. Os bancos têm anos de experiência e ampla rede de clientes, enquanto as Fintechs trazem inovação e agilidade. Juntos, podem oferecer soluções financeiras mais completas e acessíveis para diferentes perfis de consumidores.
Além disso, a colaboração entre as Fintechs e os bancos tradicionais pode ajudar a superar barreiras regulatórias e de compliance, que muitas vezes são desafiadoras para as startups financeiras. Os bancos, por sua vez, podem se beneficiar das tecnologias e processos ágeis das Fintechs, permitindo-lhes competir com outras instituições financeiras e permanecer relevantes no mercado.
Por fim, essa colaboração pode trazer inovações que beneficiam a sociedade como um todo. Por exemplo, soluções financeiras inclusivas que atendam a população desbancarizada ou ferramentas que promovam a educação financeira. Essa união pode impulsionar o desenvolvimento econômico e social, criando uma indústria financeira mais equitativa e sustentável.
NFTs
A relação entre NFTs (sigla em inglês para non-fungible token) e fintechs pode ser vista de duas maneiras. Por um lado, as fintechs podem aproveitar o potencial dos NFTs para oferecer novos serviços financeiros. Por exemplo, uma fintech poderia criar um mercado de NFTs, permitindo que os usuários comprem e vendam ativos digitais exclusivos como forma de investimento.
Por outro lado, os NFTs também podem oferecer novas oportunidades para as fintechs. Por exemplo, um artista digital pode criar um NFT de sua obra de arte e vendê-lo diretamente aos compradores, sem a necessidade de intermediários. Isso poderia abrir novos canais de vendas e tornar o processo de transação mais rápido e eficiente.
Além disso, os NFTs também poderiam ser utilizados como uma forma de autenticar a propriedade de ativos financeiros. Por exemplo, uma fintech poderia criar um NFT que represente a propriedade de um imóvel ou de uma participação em uma empresa. Isso poderia tornar o processo de transferência de propriedade mais seguro e transparente.
No entanto, é importante destacar que os NFTs ainda são uma tecnologia emergente e que ainda há muitas questões a serem resolvidas, como a regulamentação e a padronização dos ativos digitais. Mas é certo que a tecnologia tem um grande potencial para transformar o setor financeiro e as fintechs certamente estarão na vanguarda dessa transformação.
Com a demanda por soluções financeiras mais acessíveis e eficientes, as Fintechs estão ganhando popularidade e espera-se que continuem a crescer em 2023. O Open Finance é um dos principais impulsionadores desse crescimento, possibilitando que as Fintechs criem soluções financeiras mais personalizadas e inovadoras. Isso está transformando o setor financeiro em um ambiente mais competitivo e dinâmico.
Como resultado, as Fintechs estão desafiando os modelos tradicionais de serviços financeiros e oferecendo soluções mais eficientes e acessíveis aos consumidores. Essa transformação está criando um ecossistema financeiro mais integrado e colaborativo, impulsionado pelo Open Finance, que promete trazer mais inovação e benefícios aos clientes.
Na Teros, contamos com uma plataforma exclusiva de gestão de dados do Mundo Open, que viabiliza a integração e administração de fluxos de dados regulados, como, por exemplo, Open Finance, Open Insurance e Open Investments, e dados não regulados aos produtos e serviços das empresas, de qualquer setor da economia.
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