Por que a custódia tende a sair das IPs — e como isso acelera a migração para Open Finance
O movimento regulatório que pode redesenhar o mercado financeiro brasileiro
Nos últimos meses, ataques e falhas de segurança em contas de reserva trouxeram à tona um problema estrutural: o excesso de instituições de pagamento (IPs) com funções de custódia. O Banco Central já sinalizou medidas mais duras e, na prática, isso deve mudar radicalmente a forma como o setor opera.
O que está em jogo não é apenas a sobrevivência de pequenas IPs, mas a forma como o mercado se organiza. A tendência é clara: custódia concentrada em poucos players especializados e abertura de espaço para que fintechs e bancos menores atuem como ITPs (Iniciadores de Transação de Pagamento) dentro do ecossistema de Open Finance.
Confira no artigo como a plataforma de automação inteligente da Teros ajuda empresas a se adaptar ao open finance, migrando de modelos de custódia para operações mais seguras, eficientes e alinhadas às novas exigências do Banco Central.
De onde vem a pressão
Hoje existem cerca de 1.500 instituições autorizadas a custodiar recursos no Brasil. Esse número é considerado insustentável do ponto de vista de segurança. Em outros mercados, a realidade é oposta. Nos EUA, por exemplo, a Pershing concentra trilhões de dólares em ativos, atuando como custodiante para diversos bancos e fundos.
No Brasil, já temos exemplos semelhantes no mercado de capitais, onde poucos administradores (como BNY Mellon, Bradesco e Santander) concentram a função de custodiar recursos, enquanto milhares de fundos cuidam da gestão.
O Banco Central deve adotar lógica parecida:
- Subir a régua de exigências para IPs (capital, governança, segurança);
- Suspender instituições que não corrigirem falhas em prazos curtos (60–90 dias);
- Separar funções: poucos players especializados em custódia e diversos players focados em operar transações.
O impacto sobre IPs e VASPs

As primeiras afetadas são as IPs menores, que hoje movimentam valores modestos mas carregam riscos desproporcionais ao seu tamanho. O modelo baseado em ter custódia própria não se sustenta.
Na sequência, entram na mira as VASPs (Virtual Asset Service Providers) — exchanges de cripto e ativos virtuais. Por definição, seu negócio é custodiar recursos, o que as coloca no centro da agenda regulatória. A ausência de padronização, tributação e controles sólidos transforma esse segmento em prioridade para o regulador.
Oportunidade no Open Finance
Se por um lado a regulação pressiona, por outro ela abre espaço para novos modelos de negócio.
O Open Finance já nasce com uma lógica diferente: separa quem custodiará o recurso de quem executa a transação. Essa arquitetura permite que fintechs e empresas atuem como ITPs, oferecendo serviços de pagamento, conciliação e integração com clientes sem precisar custodiar recursos diretamente.
Em outras palavras:
- Custódia será função de poucos, altamente regulados.
- Inovação e personalização ficam com os muitos, que poderão operar como ITPs.
Como as empresas devem reagir

Executivos de bancos, fintechs e varejistas precisam enxergar essa mudança como uma janela estratégica. Não se trata apenas de cumprir regras, mas de redesenhar modelos de negócio.
Para uma IP pequena, a questão é clara: Vale a pena manter a estrutura de custódia (cara e arriscada)? Ou faz mais sentido migrar para ITP e focar na relação com o cliente, integração de dados e automação de processos?
A resposta tende a ser a segunda opção.
O papel da Teros nesse movimento
A Teros está posicionada para acelerar essa transição. Nossa plataforma de automação inteligente já ajuda empresas a:
- Migrar de IP para ITP com orquestração de regras e integrações prontas.
- Automatizar fluxos de pricing, onboarding, conciliação e pagamentos sem depender de custódia própria.
- Operar no padrão Open Finance, garantindo governança e segurança, sem precisar mexer no core da empresa.
- Em vez de reconstruir tudo do zero, nossos clientes usam a Teros como camada externa que conecta dados, regulações e decisões em tempo real.
Checklist prático para executivos:
👉 Revisar modelo atual de custódia: entender exposição e riscos.
👉 Mapear parceiros custodiantes fortes e confiáveis.
👉 Planejar migração para ITP antes que seja compulsória.
👉 Integrar soluções Open Finance para manter competitividade.
👉 Adotar automação inteligente para sustentar margens e reduzir riscos operacionais.
Conclusão: Custódia concentrada e futuro no Open Finance

O recado do regulador é claro: custódia não é para todos. A consolidação é inevitável, e quem se antecipar vai transformar pressão regulatória em vantagem competitiva. O caminho já está aberto pelo Open Finance. A escolha agora é simples: adaptar-se e ganhar eficiência, ou esperar ser forçado e perder espaço.
Na Teros, ajudamos empresas a trilhar esse caminho de forma rápida, segura e com resultados mensuráveis, por meio de nossa plataforma de automação inteligente. Entre em contato conosco e saiba mais!
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