O que é, como vai funcionar e o que é preciso para se adequar ao open insurance, ou seja, o compartilhamento de dados de seguros e previdência

Como se dará o compartilhamento de informações entre diferentes sociedades autorizadas pela Susep, o órgão regulador do open insurance, dentro do ecossistema que irá ampliar o uso de produtos de seguro e previdência

O setor de seguros está preparando um ecossistema próprio de compartilhamento e circulação de dados, o chamado open insurance. O open insurance abrange dados de seguros e previdência e sua regulação no âmbito do setor de seguros é fundamental para que todas as seguradoras possam participar do open finance.

 

A inovação caracteriza-se pela possibilidade de consumidores de produtos e serviços de seguros, previdência e capitalização permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes sociedades autorizadas de forma segura, ágil, precisa e conveniente. Para entregar esses benefícios ao consumidor, o open insurance operacionaliza e padroniza o compartilhamento de dados e serviços por meio de abertura e integração de sistemas, com privacidade e segurança.

 

O objetivo do open insurance é promover um mercado de seguros aberto, no qual haja troca de informações entre seguradoras e outros participantes do setor, desde que sejam aprovados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), reguladora do segmento. A Susep exerce o mesmo papel regulador que o Banco Central para open banking, neste caso regulando o compartilhamento de dados de seguros e previdência.

 

As diretrizes sobre as regras e funcionamento do novo sistema foram publicadas em julho pela Susep em julho deste ano e estabelecem condições para permitir que o consumidor acesse e compartilhe seus dados com outras seguradoras ou terceiros.

Existe a previsão de atuação também das sociedades iniciadoras de serviço de seguro. Essas empresas serão credenciadas pela Susep para atuação exclusiva no open insurance e poderão oferecer soluções diversas para os clientes, que vão desde serviço de agregação de dados, painéis de informação e controle (dashboards) até a execução de serviços, caso o consumidor consinta, de forma expressa e inequívoca, com segurança e privacidade.

Consentimento do usuário

 

Assim como em open banking, o compartilhamento dos dados pessoais de clientes ou de serviços do escopo do open insurance depende do consentimento do usuário, ou seja, do dono do dado. O cliente deve concordar com o compartilhamento de dados ou de serviços para finalidades determinadas.

 

Tipos de dados compartilhados

 

É possível segregar as informações em dois grandes grupos: dados públicos e dados pessoais. Os dados públicos vão desde dados de pontos físicos e eletrônicos de atendimentos até informações de produtos comercializados pelas diferentes empresas do setor. Os dados pessoais a serem compartilhados, caso haja consentimento do cliente, compreendem os dados cadastrais dos clientes e de seus representantes e os dados referentes a apólices, bilhete, certificado, contrato ou título de capitalização e sua utilização, incluindo também aqueles obtidos por meio de dispositivos eletrônicos usados ou embarcados.

 

Benefícios do open insurance

 

A expectativa é que o open insurance traga benefícios e facilite a vida dos consumidores ao ampliar o uso de diversos produtos de seguro e previdência. Isso se dará na prática com a possibilidade de agregar e comparar ofertas de diferentes seguradoras facilitando a tomada de decisão do cliente. A ideia é que as ofertas de seguros sejam mais competitivas em termos de custos e inovação.

 

Outra funcionalidade será o acesso automatizado e consolidado a canais e redes de atendimento relacionadas aos produtos, aos provedores de serviços e às empresas vendedoras. O consumidor passa a entender melhor o que possui e tem a possibilidade de comparar facilmente as opções no mercado.


Vídeo apresenta uma situação de compra de seguros com open insurance

Possíveis casos de uso de open insurance

 

Comparadores e marketplaces: será possível desenvolver aplicativos que comparem produtos de diversas seguradoras em um só local, para que o cidadão possa fazer escolhas mais conscientes, podendo, inclusive, utilizar seus dados pessoais para definição de produtos que mais combinem com seu perfil.

 

Aplicativos e soluções diversas focadas em inovação e conveniência para os consumidores: novas soluções tecnológicas poderão surgir para atender as necessidades dos consumidores como, por exemplo, agregação das informações relativas à vida financeira em diferentes instituições financeiras, incluindo produtos de seguros, de previdência complementar e capitalização.

 

Iniciação de serviços relacionados a seguros e previdência por meios digitais: serviços como aviso de sinistros (comunicação de uma ocorrência coberta pelo seguro), portabilidade de previdência, entre outros, poderão ser feitos de forma mais simples, por meios digitais.

 

Cronograma de implantação

A primeira fase está marcada para ter início em 15 de dezembro deste ano e terá um caráter mais burocrático, contemplando o compartilhamento de dados públicos das empresas referentes a produtos e canais de atendimento. Na segunda fase, prevista para começar em 1º de setembro de 2022, os clientes poderão compartilhar seus dados pessoais. Já a terceira fase, que prevê a execução de serviços por meio do ecossistema, terá início em 1º de dezembro de 2022, praticamente um ano após a largada da primeira fase.

 

O blog Open Insurance traz informações sobre atualizações do processo de implantação do open insurance.

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