Pesquisa realizada pela Teros indica que aplicativos de investimentos são, no momento, o principal interesse dos usuários em relação ao Open Finance
Pouco após o primeiro aniversário do Open Banking, lançado em fevereiro de 2021, a população demonstra que está tomando conhecimento do tema. Em pesquisa realizada pela Teros, empresa que desenvolve infraestrutura tecnológica para Open Finance e Inteligência de Dados, 64% dos respondentes afirmaram conhecer Open Finance ou já ter ouvido falar do tema.
É um avanço, especialmente quando se leva em consideração que, em julho do ano passado, 57% dos brasileiros afirmavam nunca ter ouvido falar do assunto. O dado é de uma pesquisa da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) feita na época. Como usam metodologias diferentes, os dois estudos não podem ser diretamente comparados, mas dão um indício de como a população vem tomando ciência do assunto.
Para Juan Ferrés, fundador e CEO da Teros, a tendência é que esse conhecimento continue aumentando. “Até recentemente as instituições financeiras estavam preparando o terreno para o Open Finance, ou seja, implantando a parte regulatória. Agora começam a sair os produtos e serviços voltados para o consumidor. É assim que o Open Finance será consumido e irá gerar valor”, afirma o especialista. Os números confirmam que apenas recentemente as conexões (chamadas de API) do Open Finance ganharam volume: 90% delas foram feitas a partir de março deste ano.
Ainda assim, ele destaca que não se deve esperar do Open Finance o mesmo grau de popularidade que o PIX teve, por exemplo. “O PIX é um produto, você faz um PIX. Já o Open Finance é uma infraestrutura, você vai usar o serviço que está ligado ao Open Finance. Ele é transparente para o usuário”, explica.
Os usuários parecem entender isso, conforme mostra a pesquisa realizada pela Teros. Para 34% dos entrevistados, a definição que melhor se aplica ao Open Finance é: “sistema que permite o acesso e o controle orientados pelo usuário de contas bancárias”.
Em relação à utilização do Open Finance, 52% dos respondentes afirmaram que acham mais interessante conectar suas contas bancárias a aplicativos de investimentos, enquanto 48% destacaram os aplicativos de finanças pessoais. Para 37% dos entrevistados, a melhor oferta que poderia surgir com o Open Finance estaria ligada a serviços de gestão financeira e agregação de contas.
Em relação à utilização do Open Finance, 52% dos respondentes afirmaram que acham mais interessante conectar suas contas bancárias a aplicativos de investimentos
O compartilhamento de dados ainda causa preocupação, e 58% dos entrevistados afirmaram que se preocupam com a violação de dados e preferem não conectar suas contas. “A segurança do Open Finance é robusta, mas essa é uma questão que precisa ser melhor comunicada para os usuários, há muito investimento em segurança no Open Finance. Além disso, ninguém acorda pela manhã querendo compartilhar dados. As pessoas querem usar um serviço e, para isso, elas aceitam compartilhar os dados. Nós já fazemos isso o tempo todo, quando nos logamos em algum site com o login das redes sociais”, avalia Ferrés. “A abordagem precisa ser outra. O usuário precisa ver primeiro o benefício para achar que vale a pena compartilhar os dados”, destaca.
Na prática já estamos começando a ver iniciativas que vão agitar o mundo das finanças abertas. Os iniciadores de pagamentos já permitem que, com a tecnologia das APIs, seja possível simplificar o processo de pagamento do usuário.
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